quinta-feira, 17 de julho de 2014

Do Esgotamento à Ação


Do Esgotamento à Ação

Nascemos durante o sepultamento da razão;
Olhamos mas não percebemos;
Vemos mas não sentimos;
Somos mortos andantes em meio ao progresso do abismo;
Sorrimos, um sorriso amarelo, falso,
Descrente, que desmascara e desmazela o ser;
Caminhamos para onde?
Para quê?
Distopias não nos parecem longínquas;
São nossas rotinas perdidas, jogadas, repartidas, sentidas e captadas ao vento;
Sentidos dos quais se fazem minguar, realidades que se evaporam e sonhos que
Se deixam de sonhar;
Tempos de esgotamento! criativo, sensitivo, ideológico, social, esgotamento moral;
Discursos, falácias, partidos, coletivos, farsas!;
Nos leva para onde?
Para quê?
Esperanças
Para onde?
Para quê?
Sonhos
Para aonde?
Para quê?
"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa"¹
E nos encontramos cegos, impotentes, insensíveis, incrédulos, inócuos, frente descorrente,
frente desconexa, frente que se demonstra fria com o suave vazio do ser;
Sejamos francos com nós mesmos, para onde queremos ir? e para quê?
Nadando na imensidão de nossa vaidade, sonhando em consumir até a ultima gota;
Lhes digo esperança é aquilo que se faz, "sonhe e serás livre de espirito, lute e serás livre na vida"²;
Esperança lhes digo é aquilo que se luta; é aquilo que se constrói, é aquilo que se muda;
Até quando mentiremos à nós mesmos, nos entorpecendo, fugindo e esgueirando da verdade de que
a ação é a força motriz da mudança, a necessidade já se faz gritar, conformismo nesse mundo do jeito que esta
é vazia, é morte, é dor, mudai ó homem e mulher que como eu treme de indignação diante do mal;
mudai pois a indiferença e a pacificidade são armas usadas contra nós mesmos, lutai ao lado de vossos
irmãos que como vós também sentem as amarras que lhes prendem, mas que ninguém lhes ouviu suas queixas
deixai a vaidade dos discursos vazios, deixai as certezas das incertezas que nos prendem, movimentai para
que acordes desse  pesadelo profundo, pois a razão foi sepultada, mas a esperança de um novo mundo ressurge;
pois somos a fênix, ressurgimos, renascemos, e então nos fazemos ser, não esperai acontecer, mudai a si
mudai o mundo, ouça mais do que digas, ensinai aprendendo, sejais a força daqueles ao redor, sejais a lembrança do passado e a força da justiça dos oprimidos, sejais e será, mudai e viverá; a escuridão espreita mas não pensai que eres a luz das respostas não respondidas, das ideias já tanto esquecidas;
sejamos por fim humanos e livres.  

notas: 1-Marx;
 2- Che Guevara;

LUCAS LEANDRO

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