domingo, 13 de julho de 2014

Religião, uma verdade absoluta.
















Antes de qualquer coisa gostaria de iniciar este texto dizendo que não pretendo colocar ninguém contra a religião ou contra aqueles que nesta creem.

Infelizmente não é de hoje que a religião tem sido um instrumento para manipulação de pessoas para governar ou obter diversos tipos de poder, como por exemplo, poder aquisitivo. Entretanto o grande problema que dá início a todos os outros é a forma com que a religião é considerada principalmente pela população menos favorecida, quero esclarecer que não é apenas esta camada da população que sofre e sim que muita gente, inclusive esta sofre, de qualquer forma o que estou tentando dizer é que a religião é grande parte das vezes considerada uma verdade universal, absoluta, como justificação do início, meio e fim de todas as coisas.

É por esta forma de conduzir a religião que somos frequentemente levados ao comodismo, esquecendo quão importante é questionar nossa existência, que, particularmente não acredito justificar-se pela vontade de alguém supremo, mas talvez por algo ainda maior que desconheço.
O fato é que quando você coloca algo acima de tudo, digo como justificativa, esquece-se de todo o resto que apesar de ouvirmos “Política e Religião não se discute” discute-se sim, este é apenas um ditado para não percebermos quão próximo ambas as coisas estão.
Existe um trecho do livro “Deus, Um Delírio” do Richard Dawkins que acho incrível, o autor cita que não existem crianças católicas, não existem crianças muçulmanas, simplesmente porque do mesmo modo que uma criança não tem consciência suficiente para ter uma posição sobre economia e política ela não tem para uma posição religiosa. Talvez se não colocássemos a religião acima de tudo não batizaríamos nossos filhos quando nascessem ou os levaríamos desde pequenos nas igrejas ou locais religiosos que frequentamos, assim eles quando tivessem consciência suficiente escolheriam por livre vontade qual religião seguir ou até mesmo não seguir nenhuma religião, o que não é ruim como nos é enraizado que seja.
Por fim, minha última mensagem neste texto inspirada no que alguém uma vez me disse é que independente da religião que você siga ou não siga nunca deixe de questionar, procurar o porquê das coisas mesmo quando parecem ser óbvias ou indubitáveis, para que assim não apenas a ciência, mas a consciência interior de cada um expanda-se mesmo que nunca cheguemos a uma resposta, pois não existe uma resposta universal, assim como uma verdade absoluta.

Karina Faria

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