segunda-feira, 30 de julho de 2012

Câmera Nova / Indião / Alecão Abandonado



Indião solta o verbo e apresenta nosso projeto. Em um vídeo piloto e muito mal feito, mas que servirá como norte para o que iremos fazer ao longo deste semestre!!!

Abraço.

domingo, 29 de julho de 2012

Religião , fé e Deus



No Mundo existem inúmeras religiões, cada Deus tem os aspectos de seu povo, os judeus em seu tempo de opressões, tinha um Deus que era bondoso, caridoso que ajudavam os pobres.
A busca por um Deus se resume pela fé, pela eternidade espiritual e pelo perdão de seus pecados.
Freud (um filósofo, psicanalista) diz que Deus e uma necessidade humana, para suprir perdas ou algo do tipo, então cada cultura criou seu Deus por necessidade. 
Ao decorrer do tempo essas religiões criaram, conceitos e regras, ideais e objetivos a serem compridos. Mas esses conceitos muitas vezes acabam gerando conflitos entre as religiões. 
Então antes de falar das religiões alheias, olhem seus conceitos e reflita sobre eles . 

 Thalia Rodovanski e Cristian                                                                                                  

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ser professor na rede pública de SP está cada vez mais divertido

Ser professor da rede pública de SP é muito divertido, pois palhaços do governo do estado nós já somos.

Charge dedicada em memória ao meu grande amigo, desenhista, escritor e  professor de Filosofia Clayton Ferraz (vulgo Jesus Cristo kkkkkkkkk) que um dia quando estávamos bebendo e conversando fez uma brincadeira comigo que me inspirou a fazer essa charge. 
Ass-Petit ( Violeiro sem Destino♪♫♪).

domingo, 22 de julho de 2012

Incompetência coletiva e segurança





 Como bom caipira eu gosto de andar de metrô em São Paulo, mas o interessante disso é ver como a preocupação com a segurança dos usuários do metrô ao colocar nas plataformas grades de segurança para proteger a população dela mesma, isso reflete a incompetência de toda uma população de ser incapaz de respeitar uma simples fila e não saber se portar de modo seguro num lugar público, comportamento esse apenas legitima atitudes arbitrárias do Estado perante a população. Essa segurança é jogar na cara que somos completamente idiotas e parecemos gado no curral, pois é somos gado.

OTÁVIO SCHOEPS

sexta-feira, 20 de julho de 2012

"eu te amo" não é "bom dia" e um ensaio sobre a espera


Tenho uma coisa pra falar sobre essa coisa de "eu te amo não é bom dia" e sobre o "nossa geração não sabe esperar, só quer relacionamentos rápidos que dêem prazer". Acho que a primeira coisa a ser dita é que, antes de tudo, essa é uma opinião minha, portanto não é a verdade e muito menos espero que todos façam isso que eu vou falar... só quero propor uma nova maneira de pensar, quero sim discutir sobre isso, pra quem tiver afim e realmente quiser crescer com a discussão.

Primeiro, acho que realmente não existe comparação com um "bom dia" e um "eu te amo". Nenhuma comparação. Mas eu sinceramente nunca tive conhecimento disso que se imagina do amor. Não que eu nunca tenha amado, não que eu não ame meus amigos, minha família ou alguém que eu tenha estado junto. Mas essa coisa de sentir frio na barriga, de querer estar junto toda hora, de sentir atração física, querer carinho, querer contato e acima de tudo querer ter a atenção e o cuidado dessa pessoa, eu não tenho certeza se é o amor que se prega. O amor que se prega é eterno, é exclusivo, é transcendental e tudo mais que você facilmente encontra descrito naquele poema de Camões. Aquele amor, sinceramente, eu não acho possível em humanos que tem tantos desejos pessoais, tanta subjetividade e passa por tantas mudanças. E se ele existir, pode existir por um momento, por um tempo, mas não pra sempre. Uma hora você cai na real e ve que a vida não é só ilusão e idealização, daí se depara com a realidade. E é nessa realidade que eu acredito que possa existir amor. Um amor consciente, um amor que TAMBÉM, mas não EXCLUSIVAMENTE, é racional.

Penso que é exigir muito de qualquer pessoa, que ela tenha certeza de seus sentimentos e escolhas, em qualquer momento da vida. Isso inclui o amor. O "eu te amo" hoje significa muita coisa, mas muita coisa mesmo, inclusive que você está amando alguém, mas nunca significa que você vai amar essa pessoa pra sempre. O "eu te amo" é um recurso pra descrever sua situação atual, seu objetivo atual e tudo mais. Um "eu te amo" solto no ar, sem nenhum contexto, sem nenhum relacionamento, sem nenhum respeito, pode significar tanto quanto um "bom dia" pra um estranho. "Eu te amo" não é "bom dia", mas "bom dia" não apenas "bom dia" também. Sou a favor de demonstrações de carinho e respeito de qualquer forma, mas sempre dentro de um contexto, de uma relação. Sou a favor do uso do "eu te amo" como "bom dia", mas que seja clara pras pessoas envolvidas o significado de ambas as expressões.

Vou pra segunda parte agora. Eu penso que a gente não sabe esperar, pois não sabe o que esperar. Não tem muito o que esperar, pra falar a verdade. Você pode acreditar no que quiser, em Deus, em Buda, na ciência, em nada, todos vão te dizer a mesma coisa: não da pra saber o que ta reservado pra gente no futuro. Isso não significa que não tenham coisas boas lá na frente, que você não vá colher o que plantou e tudo mais. Não que eu acredite que você colhe o que planta, mas isso é outro debate. Mas o futuro a (insira aqui uma divindade ou uma crença, real ou imaginária) pertence. Não estou sendo pessimista, isso me soa mais como realidade (não que eu tenha grande conhecimento sobre ela, mas em alguma coisa eu tenho que acreditar, mas isso também é outro debate).

Onde eu quero chegar é o seguinte: pq eu preciso esperar? Eu não sei o que vai acontecer, o que eu vou estar pensando ou fazendo daqui uma semana, daqui um mês, um ano. Eu prefiro viver o que tiver pra ser vivido agora. Não to falando de ser inconsequente, de não respeitar as pessoas e tudo mais. Pq a gente sempre precisa lembrar: não há garantias que o amanhã existe, assim como não há garantias que ele não exista. Na verdade, baseado na minha experiência empírica pessoal, o amanhã existe sim. Mas não é tão certo como se imagina. E penso que aí que tá o problema. Acreditar cegamente nessa experiência pessoal, faz a gente não viver a realidade que tá posta pra gente nesse exato momento. A gente tem uma visão do futuro como se lá estivessem reservadas todas as alegrias da vida, toda a parte boa, tudo o que a gente sofreu sendo recompensado. Eu já vi pessoas de diversas idades dizendo isso, o que me faz pensar o seguinte: quando que essa plenitude, essa felicidade completa chega?

Eu acredito que o futuro não nos pertence mesmo, por isso temos que viver o presente. Sem inconscequência, sem desrespeito, pq pode ser que o amanhã exista mesmo.

Rodolfo Della Violla

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Carvão, solidão e cinzas.


Alho socado, pimenta do reino, cheiro-verde, manjericão, e limão rosa. O frango foi temperado, não era o caipira criado solto no meio do milharal e sim comprado no supermercado, embalado e congelado; no entanto o mais importante naquele dia seria a tradição da família.
Farinha de mandioca, ovos, toucinho defumado, cebola, linguiça, azeite dendê e miúdos da ave, acompanhariam o assado à mesa.
O forno já não era de barro, aquecido com as brasas dos tocos de árvore, e sim, à base do combustível  comprimido no botijão, todavia, a cozinheira pretendia manter a tradição em mais um domingo de maio.
A simbólica data jamais deixou de ser comemorada com mesa farta lá no topo do morro Paranapiacaba. 
A música a tocar trazia nostalgia a pequena cozinha, da casa nova na cidade, comprada em plano de trezentos meses. A moradia em nada se parecia com aquela feita de madeira e tão espaçosa lá no alto da serra.
O rádio também já não era o mesmo, aquele de pilhas ficou jogado na lama do banhado. Pois a moderna moradia possuía energia elétrica, porém a mulher olhou pela janela e não conteve a emoção ao lembrar do lampião, fogão a lenha, e galinhas cacarejando a procura de insetos para os pintinhos no quintal.
Belas lembranças, triste realidade. O cheiro de gás interrompeu os pensamentos da solitária senhora. A farofa virou cinzas e o suculento prato, carvão. A baiana chorou, não pela dor das queimaduras nas mãos, mas sim pela ausência dos filhos dispersos em compromissos diversos.
Não só habitação e utensílios eram outros, os hábitos também mudaram. A numerosa família quebrava a tradição passada de pai para filhos.
Falamos não das mães dos reclames comerciais, e sim, das donas ninhas espalhadas pelo mundo, estas não são virtuais, são de carne, osso, sofrimento e muito amor. 
Tanta falta, elas nos fazem.



O segundo domingo de maio é muito triste
 aquele que tiver duvidas deve 
deixar o órfão opinar...



Autor: Neusir Índio.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nove e catorze

A imagem que se esvai com os ventos, se esconde com as nuvens que se evanesceram e sumiram do céu, tão azul céu das nove horas. Há campos verdes onde corpos se estendem, de olhos fechados e mãos nas barrigas, suas roupas são umedecidas por lágrimas e seus rostos alvos já secaram faz tempo. A terra é tão quente quanto o pranto cristalino daqueles que se poem de pé para observar com muita dor o enterro do falecido. Já não estive ali em meus sonhos? Uma vez, talvez, contemplei os mortos outro dia, só possuem números por cima de seus pés e mais nada, alguns outros poucos ganham flores que morrem logo depois e mãos passam trêmulas sobre a terra que os cobrem. O importante é que eu estava lá naquele fúnebre momento, cega com a visão tão bela que é a morte, eu não vi que ali se deitavam mais 146 corpos, e o 147º se despedia mudamente. Só não haviam silenciado as dores de tantos outros que diziam seu último adeus, que tocavam em sua pele amarela e gélida ou observavam á distância enquanto a tristeza os corroía. Eu chorei alto, sem medo de o acordar, eu olhei para o sol que banhava com seu ouro todos os campos, as cruzes e placas faziam sombra, não havia árvores, mas havia o barulho das folhas farfalhando em algum lugar, talvez bem longe dali. Peguei dois braços e com eles fui embora, pela estrada de terra, pela grama rasteira que cobria todos os mortos. É impossível apagar o que te assombra em todas essas madrugadas mal dormidas, o que te lembra nas músicas que ainda tocam no seu aparelho de música. É tarde agora pra esquecer de lembrar.


Gabriela Godinho

terça-feira, 10 de julho de 2012

Luz de um dia na vida


Eu acordei sentindo algo diferente
Uma vontade estranha de te escrever
Eu pensei em alguém com o seu carinho
Mas não encontro ninguém

Já reparou em como a vida é engraçada?
De repente, a gente vê tudo o que viveu
Dois minutos ou dez anos que passaram, nada valeu
Foi isso que a gente perdeu

E me vem uma lembrança do tempo que eu era criança
Era mais fácil te reclamar abrigo
Eu podia deitar no teu colo e ficar vendo além
Ou pedir histórias pra dormir

Às vezes eu sinto medo da vida
E lembro das coisas que você me ensinou
E é assim que, às vezes nessas noites vazias, sem Luar
No escuro, o teu abraço eu procuro
E durmo, assim, em paz...

- Isabella Gomes

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Tudo e Nada


Nada, tudo
O que pensar?
E as coisas que acreditava?
Nada, tudo

De rostos e bustos
Idéias e livros
Do nada ao tudo
Tudo é nada

Niilismo e sofismo
Desanimo acidente
Doente ausente
A bandeira pesa

Não mais que uma realidade
Que uma triste viagem
Uma vertigem
De um planeta azul

De uma terra em preto e branco
Das cores uniformizadas
E de cantos torturantes
É o nada que é tudo

 OTÁVIO SCHOEPS