terça-feira, 30 de setembro de 2014

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

O que ou quem te limita?
Levam a cabo e sem limites
A quem diriges vossas palavras?
Lava a alma na fossa

Frase maldita, frase feita
Fala o fascista, fala o parasita
Frase bendita, frase desfeita
Fala o explorado, fala o revolucionário

Liberdade, igualdade e fraternidade
A liberdade usada para escravizar, deve ser combatida
A igualdade usada para oprimir, deve ser repelida
A fraternidade é total e não parcial

O que ou quem te limita?
O gênero fere, a igualdade fere
A quem dirige vossas palavras?
A moral sanguinária, a vida castrada

OTÁVIO SCHOEPS

sábado, 27 de setembro de 2014

A livre iniciativa


O presídio privado dá lucro
O presídio não é para dar lucro, é para dar prejuízo
A sociedade consumista e a disputa selvagem

O hospital privado dá lucro
O hospital não é para dar lucro, é para dar prejuízo
A sociedade doente e a exploração selvagem

A educação privada dá lucro
A educação não é para dar lucro, é para dar prejuízo
A sociedade alinhada, conformada, enfileirada e selvagem

A indústria bélica dá lucro
A indústria bélica não é para dar lucro, é para dar prejuízo
As guerras se multiplicam, a ordem selvagem


OTÁVIO SCHOEPS

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Professor Pedro / Aulas Particulares / Temporal


















O Professor Pedro estava cansado do aviltamento de sua categoria - a categoria "o" - e decidiu se arriscar por uns meses na educação privada. Fez o acerto de contas com o Estado e deu inicio a sua carreira no ensino privado. Embora não pudesse esconder a ansiedade pelo retorno; se tudo ocorresse bem voltaria já efetivado. Para completar o orçamento pegou algumas aulas particulares, onde tinha de ir até a casa de seus alunos lecionar. Foi num desses dias que esta breve história aconteceu:
Pedro voltara do colégio onde leciona, tomou um banho rápido, penteou os cabelos que já começavam a ralear em sua cabeça, vestiu-se e saiu.
No coletivo notou que as nuvens começavam a se adensar, parecia que bem naquele instante ia cair a chuva que SP tanto estava esperando. Que sorte a de Pedro não?
Assim que desceu do ônibus o santo que lhe empresta o nome começou a escancarar as comportas do céu, a umidade acumulada nas nuvens começara a precipitar. Pedro ajeitou as golas de sua camisa e começou a correr, antes que a chuva apertasse.
Foi na direção do condomínio onde morava seu aluno, por sorte só começou a chover com maior intensidade no instante em que já estava próximo a portaria onde teve de tocar o interfone e aguardar uns instantes.
- Pois não?
- Olá, é o Pedro, sou professor do...
- Ah, um momento, vamos informar de sua chegada e já abrimos.
O protocolo mandava que não abrisse o portão até informar o residente sobre a chegada do visitante. Mesmo que Pedro já fosse conhecido, protocolo era protocolo.
Enquanto aguardava Pedro percebeu que a chuva começou a ficar mais forte. Em poucos instantes a garoa fina se transformou em um terrível vendaval, não havia como escapar.
Pedro tenta se esconder atrás da guarita de segurança, mas era inútil, as gotas de água vinham por todos os lados e eram arremessadas sobre ele com enorme violência.
Pedro já estava bastante molhado quando o segurança disse que ele podia entrar. Àquela altura já não fazia diferença, mesmo assim o jovem docente pediu para se esconder na cabine até que a chuva passasse.
O protocolo dizia que não; mas a humanidade do segurança dizia que sim. Então Pedro arranja um abrigo.
Por dentro percebe os vidros, todos blindados, espelhados por fora e transparentes por dentro, ao bom e velho estilo "Grande Irmão".
No fim nosso jovem professor decide correr até o elevador na chuva mesmo. Junto com ele sobe um rapaz que trazia de volta os cachorros de uma madame que estavam no Pet Shop. Por ironia do destino os cães estavam mais secos do que ele.
Este foi mais um dia na vida do Professor Pedro...

Marco Aurélio.





quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Refugos do Passado


Quando o presente entedia
Velhas imagens vêm à mente
Quando o futuro angustia
Novas imagens vêm à mente

As velhas imagens feitas pela indústria cultural
Desenhos, séries, comerciais e brinquedos
As velhas imagens nos mostram o desejo de ter, longe de um ideal
Ruas, avenidas, becos e vielas sitiados

Quando o presente vibra
Novas imagens vêm à mente
Quando o futuro mira
Novas imagens vêm à mente

As novas imagens feitas pelo bem comum
Desenhos, séries e contos livres
As novas imagens nos mostram o desejo é comum
Ruas, avenidas becos e vielas livres


OTÁVIO SCHOEPS

sábado, 20 de setembro de 2014

Esquerda Caviar.

Sakamoto

























São traidores da classe
Talvez a mais nobre das traições
Colocam-se ao lado dos oprimidos
A mais sensata das contradições.

Da direita vem o coro de boçalidades
Dos que mantê-se fiéis as suas origens
Dos que fecham os olhos para a desigualdade
Trancados no mundo das banalidades.

Esquerda Caviar sim.
O que foi? O que há?
Esquerda Caviar!

Já dizia Marx aos meninos e aos doutos.
"O Problema está no sistema em si
Não necessariamente nos seus produtos".

Marco Aurélio.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O despertar


Acordar e não ver sentido algum
Abrir os olhos e se perguntar
As estátuas ainda estão vivas?
A noite chega, menos um dia

Sobre essa cidade mal feita
Sobre essa cidade fétida
Sobre essa cidade seca
Sobre essa cidade patética

Nos mastros bandeiras coloridas tremulam
Nos mastros bandeiras desgastadas pesam
Nas instituições se contornam, entre a miséria assalariada
Nos prédios tapam o sol, entre a miséria sombreada

Dormir e não ver sentido algum
Fechar os olhos e se perguntar
Os prédios ainda estão de pé?
O dia chega, mais um dia


OTÁVIO SCHOEPS

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Suicídio


O suicídio é a opção de não mais existir
Os sentidos se apagam
O mal súbito
Os órgãos param

O suicida se vê como vítima de acidente, de latrocínio e até do coma
Vê a terra em chamas
O suicida não tem lugar, tem pressa
Vê o céu em chamas

De uma vida renegada
Da morte regrada
Da luta abstrata
Da luta vencida

Na luta faz falta
Das alegorias e mitologias, o guerreiro morre na luta
Na luta faz falta
Das derrotas e vitórias, o guerreiro morre na luta


OTÁVIO SCHOEPS

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

TUCANISTÃO


No Tucanistão é o seguinte, como toda sociedade o Tucanistão é dividida em classes sociais,
Temos a fundamentalista classe média, os infiéis favelados, que são os párias da sociedade, pois Deus quis, e a elite política/religiosa.
Temos nessa elite o maquinista cego da locomotiva da nação brasílica, o Califa Alckmin, os Aiatolás Malafaia e Macedo que cuidam da moral e dos bons costumes tendo como base as leis religiosas, que são ricos, pois Deus quis.
Tucanistão um Estado/Capital/ Teocrático  é mantido graças a força policial descendentes dos grandes bandeirantes, que começaram a limpeza do território, para que os escolhidos por DEUS pudessem usufruir a terra e o sangue alheio.
Em troca fazem sacrifícios humanos diários nos seus suntuosos templos dedicado ao Deus Mercado.

OTÁVIO SCHOEPS

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Montanha Semântica


Multiplicaram-se os peixes e os pães
Os templos e as cruzes
Dos centros das cidades às periferias
Multiplicaram-se os dízimos e os bancos
Os acionistas e os endividados
Dos países centrais aos países periféricos

Eliminaram o amor
Instituíram o horror
Apagaram fervor
Acenderam o terror

Assassinam com brutal vingança
Com um leve teor de justiça
Acabam com a esperança
Com um pesado ar de arrogância

Multiplicam-se templos únicos
De corpos livres
Que rompem algemas
Multiplicam-se os túmulos coletivos
De corpos livres
Que ousaram romper as algemas


OTÁVIO SCHOEPS

Brisa



A brisa refresca
Corrompe o ar abafado
A brisa reanima
Corrompe a tempestade

Chega o leve vento
Leva orientando
Chega a corrente fria
Leva as mágoas e a mente esvazia

A brisa tempestuosa,
Passa pelas ruas nebulosas
A vida tortuosa,
Passa pelas esquinas sinuosas

Chega levando
Leva as sementes
Chega tomando
Leva os dormentes


OTÁVIO SCHOEPS

domingo, 14 de setembro de 2014

Mídia


Numa ilha de edição qualquer
A pauta é a tolice, programa de tolos e para tolos
Numa ilha distópica qualquer
O tópico é tolo, acompanhada por um sorriso bobo

Tanto faz se é policial, política ou de esportes
Poucos são os que resistem
Tanto faz o canal, o jornal, a falácia é a mesma
Muitos são os que assistem

Nessa ilha de edição o caos entra dominado
Pautada na hipocrisia da paz
Nessa ilha distópica a voz do povo é emotiva
O tópico é a alegria

A baboseira nacional
A cidade alerta, não desperta
A folha e seu Estado/Capital
A veja faz a festa cega


OTÁVIO SCHOEPS

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Cruz


Malafaia faz suas malas sob vaias
E eu aqui escutando o guitarrista do samba, Jorge Ben Jor
Edir Macedo vai pra cama mais cedo
E eu aqui escutando o guitarrista do baião, Raul Seixas

Das cruzes espalhadas
O pecado condenado
Dos crucifixos ostentados
O pecado condecorado

Entre velas e vielas
O mal consumado
Entre terreiros e becos
O mal acostumado

No show imposto
Ouço Tim Maia, sossego e um kilo do bão
No discurso tosco
Ouço Sociedade Alternativa, Raulzito


OTÁVIO SCHOEPS

Lutar, criar poder popular


O povo unido é racional
O crime e o castigo
O povo desunido é irracional
O prêmio e o lucro

O povo unido
As mãos semelhantes se aliam
O povo desunido
As mãos semelhantes se matam

O povo unido é difícil
A ideologia destrinchada
O povo desunido é fácil  
A ideologia vendida

O povo unido se enxerga
Tudo faz sentido
O povo desunido
Todos iludidos


OTÁVIO SCHOEPS

Troféu


Um jogo brutal
Um jogo violento
O dinheiro é o troféu
Ah, dinheiro não importa

A volúpia do vencedor
Desregrado e calculado
A humilhação ao perdedor
Manipulado e alienado

Das conquistas marítimas às construções de ferrovias
A gula do Estado-Nacional e do capital
Das conquistas bancárias ao paleoliberal
A acumulação é sua única via

A volúpia brutal
A regra violenta
O dinheiro é o troféu
Ah, o dinheiro não importa


OTÁVIO SCHOEPS

Ruas Vazias


A morte na guerra total
A morte na guerra virtual
O disparo mortal, o drone
O novo personagem, o clone

É o obvio, as lutas esvaziam
É o ópio, as igrejas, bares e estádios enchem
É o ócio, olhar o céu e ver o inferno na terra
É o ódio tradicional que dilacera

Os olhos ofuscam, e nada vêem
A faca cega e a bala perdida, um réquiem
Do alto do prédio ao chão
Do alto dos palácios, ninguém segura sua mão


OTÁVIO SCHOEPS

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A ordem e o tempo


A frase mal pensada e mal dita
De senso comum impregnado
A frase por vezes repetida
Do bom senso estagnado

Há tempos o mundo tinha mais ordem,
Mas toda ordem é violenta
Há tempos o mundo tinha mais ordem,
Mas toda ordem arrebenta

A velha ordem firmada
A ingenuidade confirmada
A velha ordem bem armada
A malícia calada

Há momentos em que o mundo parece mudar,
Mas tudo volta ao seu lugar
Há momentos em que o mundo parece parar,
Mas tudo volta a girar

OTÁVIO SCHOEPS

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

TV a cabo












Da última vez...pai!
Da penúltima, quase.
Da terceira, o camarote estava fechado,
então, a Lua, mantendo o ritmo no chão,
igual a um ''karayu'' alucinado, enviou um misto
de baião com a típica carne de Sol.

Feito um louco mongol,
escondido na densa ramagem,
chegou em mil megatons,
réplica de sua própria imagem.

De mãos dadas com o ''Maligno",
o regime do medo,
foi parar numa TV a cabo.

                        Córdoba jr. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Educação


A educação importa ao senso comum
A vida reproduzida e abortada
A morte refletida
Numa vala comum

A educação para a vida
Faz reconhecer a morte
A educação para servir
Faz da vida uma morte lenta


OTÁVIO SCHOEPS

Humanidade primata


Tão difícil o ser humano compreender que tem a mesma origem do macaco
As aparências renegadas
Tão difícil o burguês compreender que faz o mesmo que um ladrão de galinha
As diferenças refinadas

Tão fácil o ser humano matar
O instinto resgatado
Tão fácil o burguês explorar
O vicio contemplado


OTÁVIO SCHOEPS

Guerra dos Sexos


Misoginia e misandria, segregam
Desunião deflagrada
A luta de classes, agrega
A classe degradada

A bandeira dos explorados tem os dois sexos
É vermelha, preta e também um arco-íris
A bandeira dos exploradores tem um sexo
É um cifrão num céu estrelado


OTÁVIO SCHOEPS

Algoz/ Vítima?


Crescendo a vítima
Cresce a tensão
Crescendo o algoz
Cresce a exploração

Das diásporas
O algoz se vitimizando
Das esporas
 A vítima lutando

O sionismo e o nazismo
O Hamas e o Hezbollah
O holocausto nazista
O holocausto sionista

Crescendo os muros
Cresce a tensão, justiça Hamas, Hezbollah
Crescendo as propriedades
Cresce a exploração, vingança Sionista


OTÁVIO SCHOEPS

Marx/Bakunin


Marx vive no menino palestino que joga pedra
No olhar do morro quando o caveirão passa
Bakunin vive no pequeno Guarani-Kaiwoá
Na dor da terra arrasada

Do sangue vermelho
Onde brotam rosas
Da terra imunda
Onde brotam lótus


OTÁVIO SCHOEPS

Entre cães, homens e lobos


Os homens arrancados das tribos
Os lobos sem alcatéias
Vagabundos e vira-latas
O cão vagueia

Roubados e espoliados
Revoltados e esmiuçados
O cercamento e a coleira
O cimento e a barreira


OTÁVIO SCHOEPS

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Comunidade


A comunidade isolada
A comunidade de ideologia dada
O individualismo lá está
Sair de lá, é o que há

Invejam-se
Matam-se
Maltratam-se
Velam-se

Das poesias
Das lutas
Da igualdade
Á comunidade

Libertam-se
Amam-se
Renascer-se
Amadurecer-se


OTÁVIO SCHOEPS

Torcidas


O canto forte, treme o chão
A agressão é uma questão de tempo
A bateria é pesada, sangra a mão
E a estrutura social fortalecida através dos tempos

De uma união tribal
Os olhos apenas vêem o rival
O peso do corpo sente o aval
Das classes desunidas, a alienação é um mal

As bandeiras agitadas
A guerra declarada
A guerra errada
As elites animadas

O inimigo é seu igual
Nada é natural
O que é o mal?
O inimigo é o Estado/Capital


OTÁVIO SCHOEPS

domingo, 7 de setembro de 2014

Cruz


A cruz outorga
A guilhotina se esforça  
A forca esmaga
A cadeira elétrica dilacera

O controle manipula
A obediente estrutura  
A meta alicerça
A revolta crucificada


OTÁVIO SCHOEPS

Estado/Capital


O capital endemoniado
Os templos queimados
A história feita
A propaganda desfeita

A vida que surge
A morte que segue
A vida ressurge
A morte se esquece

O novo tão simples
Assusta
O velho tão simplório
Acostuma

O bem e o mal
Ensinados
O comum e o privado
Contestados


OTÁVIO SCHOEPS

Intensa e Profunda


A mais intensa e profunda relação
Como respirar, algo automático, mecânico
Morre se lhe falta o ar
Tensão e nada no lugar

De intensa, sufocou
De profunda, afogou
De tensa, esfacelou
De vida, morreu

No seu íntimo desejo
Sou o artista da capa azul
No verão
Sou a besta

Da Fênix que renasce
Da chama que não apaga
Do mundo que não acaba
Da vida que nasce


OTÁVIO SCHOEPS

Ciclos


Passamos por ciclos
A dor e o amor
Passamos por riscos
O valor e o horror

Passamos e voltamos
E aqui estamos
Pra onde vamos?
Amamos e repudiamos


OTÁVIO SCHOEPS

Rosas


Os infelizes sorrirão
De arma na mão
Os felizes chorarão
A propriedade, não

De todo o processo
Que é lento e ás vezes confuso
De toda a consciência
Que é construída e ás vezes corrompida


OTÁVIO SCHOEPS

sábado, 6 de setembro de 2014

Ação/Reação


A pressa que vicia
A pressão que sufoca
A presa que sacia
A prisão que toca

O vicio divaga
O sufoco explode
O saciar estraga
O tocar sacode


OTÁVIO SCHOEPS

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O pesar


Um sonho destrutivo transborda
Rompe as bordas
Destruindo bustos, templos e o antigo
Construindo ares, mares e o primitivo

Um pesadelo furtivo aporta
Rompe as portas
Destruindo conquistas, o belo e o novo
Construindo absurdos, corruptos e o nojo

A violência revolucionária
Morre o culpado
A violência reacionária
Morre o inocente

Ao amanhecer os pesadelos e sonhos se misturam
A vida cotidiana esmorece
Ao anoitecer sonhos e pesadelos se separam
A luta acontece


OTÁVIO SCHOEPS

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Bancos Quebrados


Quebrar bancos é utópico
Assaltar bancos é lógico
O símbolo quebrado
O dinheiro roubado

O acúmulo na era da ira
O acúmulo regrando vidas
Vidas perdidas na ira
Apenas vidas perdidas

O fato consumado
O consumismo alienado
O fato consumado
A vitrine em estilhaços

O ato permeando entre o acúmulo
E o refúgio
O ato permeando entre as sirenes
E tiros


OTÁVIO SCHOEPS

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Festa Democrática


A linha tênue entre ser um candidato ou ser um meme
A cada frase dita, uma piada feita
O mercado em pânico, o mercado é um desequilibrado
O pobre capital aristocrático

O país da piada feita
A moral virtuosa
A nação ociosa
E vem outra piada feita

Entre o entreguismo, o positivismo,
O populismo e o ecologismo
A águia come o tucano, a estrela e a rede
Oh, águia abutre esfomeada

A piada é feita dos mal feitos
Dos efeitos, a favela e o massacre
As eiras e beiras
De todas as besteiras


OTÁVIO SCHOEPS

Querer


Eu quero transcender
Ver a luz acender
Eu quero transpirar e inspirar
Ver a vida num outro plano
Eu quero ver as flores nos campos de batalha
Ver as cinzas coloridas

Eu quero a mudança e a mutação
Ver o que os olhos não vêem
Eu quero a doce sombria ilusão
Ver o prazer desfalecer
Eu quero a vida ampla
Ver toda a amplitude


OTÁVIO SCHOEPS