quarta-feira, 23 de julho de 2014

Autuado por falta de cavalheirismo. por: Neusir Índio.
















É sabido que nas filas e acomodações em locais públicos, homens e mulheres tem direitos iguais. Aos idosos e outros em situações especiais é dada a preferência, assim rege a lei e dessa forma também é assim no transporte coletivo, o famoso "busão". Porém se depender do projeto de autoria do edil Mario Marte, eles viajarão em pé para ceder lugar as damas. 
A Solicitação visa evitar o assédio sexual, justifica o nobre colega, sem imaginar que o constrangimento maior é exatamente quando a passageira está sentada. O anormal ataca e ninguém age. A quem cabe a segurança da moça?
A medida mais que polêmica pode ser inconstitucional, e o que é pior, mais um decreto que não será obedecido. Haverá fiscalização?
O usuário não poderá ser forçado a fazer algo que não queira. Quem estará mais cansado, ele ou ela?
Não pode ser considerado infrator o cidadão que tem o direito de não ser cavalheiro.
Para cada veículo, temos a média de oito assentos destinados aos passageiros preferenciais, insuficientes para a demanda em determinados horários, mas existem tantas pessoas gentis que cedem seus lugares, sem serem forçados a isso, está óbvio que gentileza e humildade fazem bem para a alma, no entanto não é obrigação e sim uma qualidade, adquirida através da base sólida do lar. Decreto não combina com cidadania.
Por outro lado deixaremos a sugestão para que profissionais das empresas de transporte urbano sejam orientados a colaborar em momento de lotação evitando aglomeração na catraca e obstrução dos degraus traseiros.
"Um passinho para traz, por favor", dizia o cobrador, "quem não ajuda não atrapalha", Dona Ninha completava.

Neusir Índio

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