domingo, 26 de maio de 2013

Sou um rapaz Latino Americano


Explorada desde a chegada dos primeiros europeus, despojada de suas riquezas, coberta pelo sangue e pelos cadáveres de seus filhos e filhas - mortos e dizimados pela ganância de uns poucos "homens de bem". É esta Terra que recebe o nome de América Latina.
Desde o Rio Bravo no México até a Terra do Fogo no extremo sul do continente, o solo Americano abriga um povo que tem em comum o fato de terem perdido algo. Perderam as riquezas da terra, perderam sua cultura, sua identidade, sua liberdade, sua autonomia, perderam até mesmo o direito de serem chamados de Americanos. Americanos são os WASP, ao sul do Rio Bravo são todos Cucarachas.
São os Cucarachas que sofrem com a falta de emprego, o alto preço de alimentos, transportes coletivo precarizado, secas, enchentes, falta de acesso a terras, e tantas outras dificuldades. Ao sul do Rio Bravo o progresso não chegou, para a grande maioria do povo a vida é semelhante ao que era nos primeiros decênios da colonização.
Por isso, a grande maioria dos jovens desse continente se identifica com o trecho da canção de Belchior. Sim, também sou "apenas um rapaz latino americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior".



Marco Aurélio

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Hey, como vai?
















O Clima era Ameno, típico de uma tarde fria em meados de maio - época em que as temperaturas começam a cair.
O rapaz chegava ao seu trabalho, com seu jeito desengonçado de andar e carregar a mochila. A barba negra bastante crescida e a camisa de flanela mal acomodada sobre o corpo lhe dão o aspecto despojado que lhe é característico.
Então bem em frente ao portão de entrada, mira uma moça que estava de costas. Ele pensa que talvez pudesse ser alguma jovem mãe queixando-se sobre notas, o que certamente lhe iria aborrecer por uns instantes.
Ele pensou em passar sem ser notado. No entanto, a moça se vira. E para grande surpresa de nosso jovem, tratava-se de sua ex-namorada, com quem mantinha contato e boa amizade. Quanto tempo que não a via, de imediato um aperto invade-lhe o peito e uma sensação de embrulho toma conta do estômago.
Como estava bonita. Afinal, por que diabos foram romper? Ele nem se lembrava mais. Amores e desamores passaram na vida de ambos, porém parecia que não havia mudado muita coisa. Ele se perguntava enquanto mirava seus olhos castanhos, se acaso ela sentiria o mesmo. Ele achava que sim, embora soubesse que jamais teria certeza, ela sempre dissimulara bem.
Um abraço apertado para completar. Ele se desespera quando o abraço começa, e se desespera mais ainda quando acaba. Não queria que começasse, e depois queria que durasse mais. Umas palavras trocadas, uns sorrisos desajeitados, e o mesmo clima de inquietude no ar. Mas tiveram que partir. Ele para a sala de aula, ela para um velório.
Ao final de tudo... Hasta Luego

Marco Aurélio

Meus pêsames



Meus pêsames
Todo o meu o meu pesar por uma alma que parte
Dessa terra inglória e perdida no universo
O que fica são as palavras amigas e versos tortos, tortuosos, na passagem por esse plano astral, onde o mal cria raízes
Arraigados e apegados somos a matéria densa que ocupa a sobrevivência
Enquanto a nossa essência se esvai rumo ao ralo do submundo das paixões vencidas
Com o mesmo coração bate o ódio, bate o amor, o peito estufado o ar entra, as Veias saltam, saltam sem rumo, a vivência incompreendida, mal vivida, perdida, o fim se aproxima a passos largos e lentos

OTÁVIO SCHOEPS

terça-feira, 21 de maio de 2013

Soneto humano


Fico sentado observando,
Cada ser humano
Cada um de um com suas qualidades
Mas ao mesmo tempo todos tão iguais

Sentem dor, choram se emocionam
Alguns mais do que outros
Mas todos nos somos
Iguais todos nos sangramos

Muitos tentam se destacar no meio de muitos
Muitos fingem se esquecer de onde vieram
Outros simplesmente dão as costas

Os mais humildes preferem levar consigo
Cada lição cada aprendizado cada erro e cada acerto
Pra que num futuro possa ser um alguém melhor

Vinícius Santiago

domingo, 19 de maio de 2013

Dias comerciais




Infelizmente vivemos em um sistema onde se é criado dias para “dar importância” à pessoas que amamos, ou que acreditamos, ou dias como por exemplo a “Páscoa”, onde geralmente não nos perguntamos por que um dia “Santo” é simbolizado por chocolate. Bom através deste texto venho lhe dar um “susto” rs, estes dias foram criados apenas com intuito de gerar consumo, logo dinheiro.
Penso que se realmente alguém ama sua mãe (exemplo) não é necessário que seja o “dia dela” para que você demonstre isso, não temos que ter medo ou esperar uma data comemorativa para demonstrar o quanto esta pessoa é importante em nossas vidas.
Estes dias então se tornariam inúteis e você não iria ter que gerar lucro comprando presentinhos ou lembrancinhas que sejam.
O sistema não está nem um pouco interessado no que você sente ou deixa de sentir, ele apenas quer o seu dinheiro, ele apenas quer lucrar, quer que pague impostos, quer que enriqueça a classe dominante, e é exatamente isso que você faz amigo quando tapa os olhos querendo não “enxergar” esta realidade que se torna cada vez mais constante pois, daqui uns dias inventarão mais e mais dias para você apenas ter uma “desculpa” para consumir.
Presentes jamais irão fazer com que alguém pense que você o ama, portanto tome atitudes que demonstre isso ao invés de sair por aí “ajudando” este sistema capitalista para depois reclamar das 4 horas que passou esperando para ser atendido em um hospital.

Karina Faria.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Céu e Terra


Eu me conheço e aceito, cruel é o passado a eternidade são promessas e esperanças
Ando em frente seguindo o fluxo da vida
Viver pode ser um blefe
Ora correndo, ora se escondendo
Num quarto escuro
Escuro como os pensamentos
A neblina, a névoa e a garoa
E o sol raia e queima a pele
Machucam os olhos

Os olhos se fecham
A mente se expande
Não era tão mal assim
A cevada e o doce da vida
Ludibria e esclarece esse novo dia
Meu pensamento voa, mas voa sem regras e nem estatísticas
Voa de encontro as nuvens
Essas nuvens brancas, cinzas e negras de tempestades
Que lavam essa terra suja e agourenta
Essa terra que sujamos e xingamos
Essa terra que nos suporta
Essa terra banhada a suor, sangue e lágrimas

OTÁVIO SCHOEPS




segunda-feira, 13 de maio de 2013

A ordem dos fatores altera o resultado


Veiculada na mídia e nas redes sociais um fato deprimente no qual uma mulher ensina seu filho a agredir um cachorro. Imagino a seguinte situação: Se essa mulher e seu filho fossem assassinados vítimas de latrocínio uma semana antes de terem sido filmados por seu vizinho? Seriam às vítimas da vez e, e se fossem assassinados por um garoto menor de idade?
Além de vítimas de um latrocínio seriam propaganda na campanha pela diminuição da maioridade penal e, por fim, nunca saberíamos dos crimes que a mulher praticava. Não sabemos o que se passa na cabeça das pessoas, a vida privada resguardada, respeitada, a individualidade invadida, desmentem os sorrisos dado na vida pública; as condenações imediatas por vias midiáticas são um perigo.

OTÁVIO SCHOEPS

sábado, 11 de maio de 2013

“Cura gay”



Sinceramente, quando vi essa notícia: Marco Feliciano encaminha votação de projeto “cura gay” fiquei completamente pasma, tudo que me vinha em mente era: Onde isso vai parar? ”Que País é esse??” Quando esse preconceito vai acabar?
São perguntas que estão até agora em meus pensamentos, pois, nenhum de nós temos o direito de discriminar o outro, e ainda mais o próprio PRESIDENTE DOS DIREITOS HUMANOS! Acorda Brasil, como presidente dos direitos humanos mais do que sua obrigação é aceitar e defender a todos, independentemente de sua cor, raça, religião e como no caso sua opção sexual!! Não tem essa de “cura” NÃO É DOENÇA!! Se a pessoa é feliz assim ninguém tem que se incomodar com isso! O corpo,a opção sexual, a vida é da pessoa! A única doença existente aqui neste meio é o seu preconceito Marco Feliciano.
É hora de “acordarmos”, irmos para as ruas, protestar e mostrar que a voz maior somos nós o povo, e colocarmos uma posição definitiva diante de nosso Governo antes que mais pessoas como o Marco Feliciano apareçam para afundar nosso País. Karina Faria

sábado, 4 de maio de 2013

Aos amigos


Aos amigos agradeço a companhia
A cerveja, o bilhar, as piadas contadas
Os vícios mantidos em plena harmonia
Enfim, um pouco de alegria

Aos amigos agradeço
Ofereço a simpatia
A paz de um fim de dia
Enfim, algo que compensa

Uma união sem fins lucrativos
Uma reunião informal
O caráter sempre testado
Enfim, o tempo e o espaço esquecidos

Um pequeno grupo reunido
Alguns interesses em comum
Por um breve tempo
Enfim, aos amigos agradeço a companhia

OTÁVIO SCHOEPS

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um pouco de Paulo Leminski





SONO!!!


A vida cansa, mas nada como estar cansado e dormir
Talvez o sono dos justos, sonhos cansados, desejos saturados
O bom mesmo é dormir
E dormir mais um pouco
Acordar com fome ao meio dia, almoçar e aproveitar pra tirar o cochilo da tarde
E dormir mais
Ao dormir, esquecer reanimar, os pesadelos sem fim
Enfim, um fim abstrato de uma vida com sentido duvidoso
O auge alcançado
As linhas do destino confusas
Sobreposto o alvoroço
O dormir absoluto, a luta adormecida
O pulmão falha
A fala falha
A loucura revive
O mau fala
Fala e eu o escuto
Porém não o entendo
Mas por ora aceito
Em meio aos gritos dos aflitos
Das angústias
Desse mar sem fim, sem beira, beirada rasa
Profundo são os assuntos
Dessas almas desamaldas
Os ouvidos vermelhos, o saco cheio
O peito cheio de ressentimento de um dia agourento
Ah vão pra puta que pariu, o sono chegou, nem o fim e nem lógica mais importam

OTÁVIO SCHOEPS E ISABELLA GOMES