sexta-feira, 20 de maio de 2016

Do alto do muro eu vejo


O palácio lá no alto, palácio do planalto, casa branca, casa rosada
O palácio nos diz quem manda
As negociatas são feitas, as ideologias são reescritas num tom de hipocrisia
O palácio e suas escadas tão descritas e admiradas, pelos seus pés sujos seguidos

O palácio e as palmas das mãos
Que lado é mais sujo? Os pés no chão ou a mão que abraça a corrupção?
O palácio de areia caí sobre o chão, assim como seus pobres sonhos
Que lado sombrio estamos discursando? sobre essas areias dispostas sobre o chão?
O palácio limpo de toda corrupção? Tão surreal, propaganda vendida

Vendida, seus lucros e seus dividendos, estejamos atentos
Seus olhos brilham numa escuridão sem fim
Sua boca emudece num silêncio sem fim
Eis o nosso fim

O palácio caí
O verbo caí
A vida se esvaí
E por fim, vamos nós,,,até um fim


OTÁVIO SCHOEPS

MACACOS


Os interesses falam tão alto que nos ensurdecem
As atitudes nos denunciam de forma gritante
A massa surda à razão comem palavras como se fosse ração
O objetivo é claro o público bancando o privado

Os interesses enxergam tão longe que nos cegam
As atitudes nos camuflam de forma exuberante
A massa cega a visão e enxergam luz onde há escuridão
O objetivo é escuso o uso do dinheiro público

Os interesses vão além da nossa vã compreensão
As atitudes são de desdém
A massa batida, moldada e levada ao forno
O objetivo é o legado, sua deixa é uma nação de mãos-atadas

Temerosos estamos da perda total
Tucano é o aviso final
Ave de rapina lesa-pátria
Bem-te-vi nos roubos e furtos

OTÁVIO SCHOEPS