quinta-feira, 31 de julho de 2014

"E lá vamos nós..."


Ano passado todos os reajustes pelo País a fora foram cancelados, ou melhor adiados, devido às manifestações, esse ano vemos um aumento significativo da criminalização das manifestações com prisões arbitrarias e toda violência empregada pelos "feitores das leis" (estes defendem tanto as leis que em muitos casos estão acima dela e acima dos direitos humanos), se essa violência é empregada com os representantes da classe média, usem a imaginação para com o tratamento reservado para as comunidades carentes em morros e favelas pelo Brasil. Em outro quadro, estamos diante de uma guinada conservadora e truculenta nas esferas politicas, eu particularmente não vejo com bons ares os ventos que vem aí, rogo para que eu esteja errado, porém no momento não há outra saída se não o de pressionar para que as demandas populares, de base principalmente, sejam atendidas. Em suma, como ficou marcado em mim as analises feitas em cima de Marx, da necessidade do trabalhador ter uma ótica e organização politica frente ao capitalista, no sentido de excluir os sentimentalismos empregados em relação ao patrão, já que sentimentos são facilmente manipulados, um exemplo foi o nazismo que manipulou o ódio de um grande percentual de trabalhadores. E adotar uma postura de cobrança firme, afinal estão em jogo duas demandas, ou seja, os interesses do patrão e os interesses dos trabalhadores, devendo assim haver uma pressão organizada com objetivos claros e força de unidade dos trabalhadores para que suas demandas sejam atendidas, no que quero dizer é que direitos não são concedidos, mas sim conquistados e só são conquistados na luta, e essa luta precisa ter uma consciência de que estamos enquanto trabalhadores, estudantes, todos no mesmo barco, enfrentando os mesmos problemas com graus de variedade, mas os mesmos problemas, juntos podemos mudar, somente juntos e com clareza de ideias.


Lucas Leandro

Underground


Esquece as idas e vindas do artista
Todo purista é um projeto de nazista
O ritmo e a poesia
O tridente e o estridente

Maledicente e o inocente
O golpe vigente
O peso coerente
Nossa mente

OTÁVIO SCHOEPS

domingo, 27 de julho de 2014

V de Vingança – Os ideais por trás da história. por: Willian Prestes de Oliveira



Introdução

A ficção, muito mais do que uma simples forma de entretenimento, é muitas vezes uma ferramenta de denúncia e crítica à realidade social. Através das histórias ambientadas em “futuros distantes”, muitos autores buscam fazer analogias com as sociedades vigentes e suas práticas, as quais consideram inadequadas.
A Graphic Novel V de Vingança foi escrita entre 1981 e 1988, pelo escritor inglês Alan Moore juntamente com o ilustrador David Lloyd. Concebida no contexto de fim da guerra fria e ascensão de Margaret Thatcher ao cargo de primeira ministra na Inglaterra, onde ela adotou uma série de medidas muito contestáveis.
Moore tece nas entrelinhas de sua Graphic Novel inúmeras criticas à realidade da época. Mesmo tendo ambientado V de Vingança em futuro não tão longínquo, é possível estabelecer paralelos entre o governo fictício e o governo contemporâneo à criação da história. Alan Moore afirma: “Decidi que, se queria escrever sobre este triste presente a melhor maneira de fazê-lo era na forma de uma história ambientada no futuro. (Moore Apud Vylenz. Winkler. 2005)
Em uma sociedade que em muito se assemelha a nossa, dominada por um governo autoritário, onde a privacidade e a liberdade pessoal foram extintas em prol a um suposto ideal de proteção da população, surge V, um revolucionário que tenta através de vários atos terroristas desestabilizar o governo e implantar na população um ideal de libertação de essência anarquista. “[Em V de Vingança] A anarquia é a única salvação do mundo, e um homem, um único homem pode mudar as coisas, por pior que elas estejam. Claro, agitando a massa para agir com ele.” (MOURA. 2011. P.82)

Alan Moore e seu impacto no meio das Histórias em Quadrinhos

                Até o início da década de 1980, as histórias em quadrinhos sempre tiveram seu foco voltado ao entretenimento do público infantil, envolvendo tramas mais amenas, de fácil assimilação e sem a presença de tanta violência. Isso se intensificou a partir da década de 50 devido à grande censura recebida após o lançamento do livro “Seduction of the innoncence” do psiquiatra Frederic Wertham, no qual ele afirmava que as histórias em quadrinhos eram péssimas influências para as crianças, estimulando a delinqüência infantil e até o homossexualismo. Surgiu então por parte das editoras o chamado “Comics Code Authority”, uma auto-regulamentação criada por medo de represálias do governo e da população. Esse código perdurou por cerca de 20 anos, até ser abandonado pelas editoras. (JARCEM, 2007)
 Mas uma grande mudança começava a acontecer nas histórias em quadrinhos na década de 80, devido ao surgimento de roteiristas como Alan Moore, Frank Miller e Neil Gaiman. As histórias em quadrinho começaram a ganhar uma “densidade” maior, começou-se a abordar diversos temas considerados estigmas para a época, como o preconceito, homossexualismo, drogas e entre outros. As obras não abandonaram a ficção, mas se tornaram mais críveis estabelecendo paralelos com a realidade. Acerca disso, Alan Moore comenta no documentário “The Mindscape of Alan Moore”:

Em meu trabalho eu me movo na ficção, não nas mentiras. [...] Com a ficção, a arte e a escrita é importante que, ainda que você esteja trabalhando em áreas da fantasia completamente diferentes, haja ali uma ressonância emocional. É importante que uma história soe real a nível humano, mesmo que nunca tenha acontecido. (Moore Apud Vylenz. Winkler. 2005)

Alan Moore, que escrevia roteiros para revistas de super-heróis, distorce completamente o ideal de um herói com um conceito de moral inquestionável que segue todas as leis e luta contra crime, isso veio a se tornar uma das marcas do escritor e pode ser vista em outras de suas histórias, como por exemplo, em “Watchmen”. Essa distorção do herói também é característica notável de V de Vingança, nela Moore apresenta V, o protagonista da história, como um terrorista mascarado que em momento algum revela sua identidade, sexo ou raça, que é uma vitima e produto desse governo, que vê no Anarquismo a única saída para a libertação da população.
V de Vingança é uma obra extremamente crítica que tem como principal objetivo levar o leitor a tecer uma série de reflexões durante a leitura. Isso fica evidenciado nos discursos proferidos por “V” ao longo da trama.

O Anarquismo em V de Vingança

[...] o nosso fim é chegar àquele estado de perfeição ideal no qual as nações não terão mais necessidade de estar sob a tutela de um governo ou de outra nação; e a ausência de governo é a ANARQUIA, A MAIS ELEVADA EXPRESSÃO DA ORDEM. (RECLUS, 2002, p. 12)
A trama de V de vingança como o título sugere, trata a respeito da vingança de seu protagonista “V”, que é um sobrevivente de um “campo de readaptação”, local onde na história eram presos aqueles que eram vistos como marginais pela ótica do governo fascistas, as minorias raciais, homossexuais e intelectuais contrários a esse governo. Inclusive na concepção original do personagem, que foi rejeitada pela revista Warrior onde a história seria publicada, Alan Moore propôs que V seria um transexual e por esse motivo teria sido enviado a esse campo.
Mas a sua vingança não é direcionada a um vilão e sim ao sistema de governo, ele age sabotando o governo matando seus líderes, destruindo seus símbolos e monumentos e tentando despertar na população um espírito revolucionário.
Na visão do personagem é apenas após a destruição completa do governo e de seus líderes que uma sociedade mais justa poderá “florescer” baseada nos ideais anarquistas. É notório durante toda a história a influência explícita das idéias do autor anarquista russo Michail Bakunin sobre a construção do personagem V feita por Moore e Lloyd.
Bakunin assim como V defendia que era somente através de uma revolução violenta que a sociedade conseguiria se ver livre da corrupção e que a partir da destruição é que se podia recomeçar.
“Confiemos no eterno espírito que destrói e aniquila apenas porque é a inexplorada e eternamente criativa origem de toda a vida. A ânsia de destruir é também uma ânsia criativa” (BAKUNIN apud WOODCOCK 1975: p. 132).

A máscara e as manifestações

Além de inspirar ideologicamente muitos daqueles que saíram as ruas em diversas manifestações ao redor do mundo, V de Vingança foi a fonte de onde os manifestantes tiraram a máscara que tanto se popularizou nesses movimentos. Isso se deve à enorme popularização da história ocorrida após sua adaptação, mesmo que não muito fiel, à obra original, para o cinema realizada em 2005.
A máscara que é usada por V na história tem o intuito de proteger sua real identidade.  Foi criada pelo desenhista e co-criador da história, David Lloyd. Ela foi inspirada em Guy Fawkes, um britânico católico extremista, herói militar e que foi morto condenado por terrorismo. Em 1605, Fawkes em associação com outros católicos planejou a explosão do parlamento inglês e o assassinato do Rei Jaime I com o intuito de restabelecer a monarquia católica na Inglaterra.
Atualmente, a máscara do V também é muito conhecida como principal símbolo do “Anonymous”, grupo de pessoas surgido na internet, que luta contra a perda dos direitos de liberdade de expressão e privacidade na mesma.  Seu uso nas manifestações pode ser interpretado como uma tentativa de exaltação da ideologia e não dos rostos por trás da máscara. E é justificada pela identificação que os participantes acabam tendo com os ideais do personagem.
Em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, Alan Moore comentou sobre a utilização da máscara em manifestações, segundo ele:

Ela transforma os protestos em performances. A máscara é dramática; cria uma sensação de aventura. Manifestações, marchas, são coisas que podem ser bem cansativas, exaustivas. Desanimadoras, até. Precisam acontecer, mas isso não quer dizer que são divertidas - e deveriam ser. (...) [Com as máscaras,] parece que esse pessoal está se divertindo. E a mensagem que passam com isso é muito forte.

Já em entrevista ao portal Uol, Moore falou especificamente a respeito do caso das manifestações no Brasil, e mandou uma mensagem aos manifestantes:  "Desejo o melhor para os protestos no Brasil. Acho que o que estão fazendo é maravilhoso e espero que isso progrida para uma vitória.” Também em entrevista ao portal Uol, David Lloyd demonstrou seu contentamento ao ver sua criação sendo usada pelos manifestantes:

Gosto de saber que a máscara está sendo usada desta maneira: um símbolo de resistência. É para isso que ela foi criada.[...] Ela também dá anonimato aos manifestantes, no sentido que transforma todas as pessoas em uma mesma pessoa: a massa que está lá protestando.

Considerações Finais

Quando Alan Moore e David Lloyd criaram e desenvolveram a história V de Vingança não imaginavam importância que essa história e seu protagonista teriam na sociedade atual. V deixou de ser apenas um simples personagem, mas se tornou um exemplo, um ideal de inconformismo contra um estado corrupto e disfuncional e acima de tudo um símbolo de resistência.
Cada manifestante que usa a máscara deixa de lado a sua identidade e o seu interesse pessoal para reivindicar o direito de todos, pois embaixo da máscara abdicamos nossos egos e assumimos nossa parte em algo muito maior, e é a partir desse momento que estaremos prontos a lutar pelas mudanças tão necessárias a nossa sociedade.
“Pronto! Você pretendia me matar? Não há carne ou sangue dentro deste manto pra morrerem. Há apenas uma idéia. Idéias são à prova de balas. Adeus” (MOORE, Alan ; LLOYD, David. 1989)

REFERÊNCIAS

MOORE, Alan.  Moore. Meet the man behind the protest mask. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2014.
CRIADOR de "V de Vingança", Alan Moore diz que "é maravilhoso o que está acontecendo" no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2014.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Autuado por falta de cavalheirismo. por: Neusir Índio.
















É sabido que nas filas e acomodações em locais públicos, homens e mulheres tem direitos iguais. Aos idosos e outros em situações especiais é dada a preferência, assim rege a lei e dessa forma também é assim no transporte coletivo, o famoso "busão". Porém se depender do projeto de autoria do edil Mario Marte, eles viajarão em pé para ceder lugar as damas. 
A Solicitação visa evitar o assédio sexual, justifica o nobre colega, sem imaginar que o constrangimento maior é exatamente quando a passageira está sentada. O anormal ataca e ninguém age. A quem cabe a segurança da moça?
A medida mais que polêmica pode ser inconstitucional, e o que é pior, mais um decreto que não será obedecido. Haverá fiscalização?
O usuário não poderá ser forçado a fazer algo que não queira. Quem estará mais cansado, ele ou ela?
Não pode ser considerado infrator o cidadão que tem o direito de não ser cavalheiro.
Para cada veículo, temos a média de oito assentos destinados aos passageiros preferenciais, insuficientes para a demanda em determinados horários, mas existem tantas pessoas gentis que cedem seus lugares, sem serem forçados a isso, está óbvio que gentileza e humildade fazem bem para a alma, no entanto não é obrigação e sim uma qualidade, adquirida através da base sólida do lar. Decreto não combina com cidadania.
Por outro lado deixaremos a sugestão para que profissionais das empresas de transporte urbano sejam orientados a colaborar em momento de lotação evitando aglomeração na catraca e obstrução dos degraus traseiros.
"Um passinho para traz, por favor", dizia o cobrador, "quem não ajuda não atrapalha", Dona Ninha completava.

Neusir Índio

Paz, amor, harmonia, força e luz

Paz, amor, harmonia, força e luz
Essa ansiedade corrosiva
Paz, amor, harmonia, força e luz
Essa depressão destrutiva

Passado e futuro sintetizando o presente
Ao estourar as correntes
Futuro e passado deslizando na sua frente
O que vem em mente?

Paixão doentia
Paz, amor, harmonia, força e luz
Paixão revertida
Em paz, amor, harmonia, força e luz

O que afeta também desinfeta
O escrito queimado
A virtu e a fortuna
A virtude e a malícia


OTÁVIO SCHOEPS

sábado, 19 de julho de 2014

FIM


Não era para ter acabado
Não era o fim
O equilíbrio não é assim
Nem o gosto amargo é o fim

O doce, talvez sim
O que será de mim?
Ao largo do infinto
O fim é um mito


OTÁVIO SCHOEPS

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quatro patas


Num amigo de quatro patas
Encontramos no olhar
Um amor incondicional
Puro e irracional

Eu chego, o rabo
E ele se agita e pula
Se sente cansado e baba
Descansa e se coça

Algo mais belo
Que ver o seu cão
Correndo num parque gramado?
Um pouco de liberdade

Chuvas e correntes me preocupam
O cão não sorri
O cão vegeta
O cão não existe


OTÁVIO SCHOEPS

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Do Esgotamento à Ação


Do Esgotamento à Ação

Nascemos durante o sepultamento da razão;
Olhamos mas não percebemos;
Vemos mas não sentimos;
Somos mortos andantes em meio ao progresso do abismo;
Sorrimos, um sorriso amarelo, falso,
Descrente, que desmascara e desmazela o ser;
Caminhamos para onde?
Para quê?
Distopias não nos parecem longínquas;
São nossas rotinas perdidas, jogadas, repartidas, sentidas e captadas ao vento;
Sentidos dos quais se fazem minguar, realidades que se evaporam e sonhos que
Se deixam de sonhar;
Tempos de esgotamento! criativo, sensitivo, ideológico, social, esgotamento moral;
Discursos, falácias, partidos, coletivos, farsas!;
Nos leva para onde?
Para quê?
Esperanças
Para onde?
Para quê?
Sonhos
Para aonde?
Para quê?
"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa"¹
E nos encontramos cegos, impotentes, insensíveis, incrédulos, inócuos, frente descorrente,
frente desconexa, frente que se demonstra fria com o suave vazio do ser;
Sejamos francos com nós mesmos, para onde queremos ir? e para quê?
Nadando na imensidão de nossa vaidade, sonhando em consumir até a ultima gota;
Lhes digo esperança é aquilo que se faz, "sonhe e serás livre de espirito, lute e serás livre na vida"²;
Esperança lhes digo é aquilo que se luta; é aquilo que se constrói, é aquilo que se muda;
Até quando mentiremos à nós mesmos, nos entorpecendo, fugindo e esgueirando da verdade de que
a ação é a força motriz da mudança, a necessidade já se faz gritar, conformismo nesse mundo do jeito que esta
é vazia, é morte, é dor, mudai ó homem e mulher que como eu treme de indignação diante do mal;
mudai pois a indiferença e a pacificidade são armas usadas contra nós mesmos, lutai ao lado de vossos
irmãos que como vós também sentem as amarras que lhes prendem, mas que ninguém lhes ouviu suas queixas
deixai a vaidade dos discursos vazios, deixai as certezas das incertezas que nos prendem, movimentai para
que acordes desse  pesadelo profundo, pois a razão foi sepultada, mas a esperança de um novo mundo ressurge;
pois somos a fênix, ressurgimos, renascemos, e então nos fazemos ser, não esperai acontecer, mudai a si
mudai o mundo, ouça mais do que digas, ensinai aprendendo, sejais a força daqueles ao redor, sejais a lembrança do passado e a força da justiça dos oprimidos, sejais e será, mudai e viverá; a escuridão espreita mas não pensai que eres a luz das respostas não respondidas, das ideias já tanto esquecidas;
sejamos por fim humanos e livres.  

notas: 1-Marx;
 2- Che Guevara;

LUCAS LEANDRO

Lâminas nas copas - Por: Neusir Índio.
















"- O Brasil Amarelou!"


Discordo! Venceu o melhor!
Não pretendia fazer qualquer comentário a respeito do nosso futebol, dito em baixa, mas o Prof. Pedro, sem ironia, insiste.
Pela primeira vez nas história das copas o vencedor foi incontestável.
Os torcedores mais jovens talvez desconheçam que em campeonatos passados nossos gênios da bola "entregaram o jogo", dizem.
Certa vez o galinho, lesionado, foi convocado; viajou sobre a maca, soubemos. Perdeu dois penais na mesma partida, aquela em que o doutor também colaborou para nossa desclassificação... Paolo Rossi, fora de sua melhor forma física, marcou três vezes na boa zaga que não o marcou... Caniggia e Maradona deitaram e rolaram sobre nós... RC, o lateral, abaixou para erguer as meias, a bola entrou e nós choramos mais uma vez...Durante o fenomenal apagão Zidane enfiou mais três vezes e ninguém viu. De bola em bola fomos acumulando revés que somados causam um buraco maior que tomar sete do melhor conjunto de todas as copas. Triste foi o sacrifício do menino, escalar jogador com fratura na vértebra pode? 
Se entregamos aqui também já recebemos lá. Em certa ocasião o Arantes meteu o pau na pátria. Fomos salvos pelo árbitro, Romário e Baggio.
Futebol não é pátria é apenas um esporte, com erros, duvidas, simulações, blefes, pois a regra não é tão clara quanto deveria ser. A vida é assim, um dia perdemos, no outro vencemos, porém esmorecer jamais.
Se dentro das quatro linhas o resultado não foi o esperado, fora das arenas superamos as expectativas e fomos campeões em todos os quesitos, em que pese a frustração dos "contra-tudo".
Os gringos invadiram nossa terra e nossas praias; amaram e agradeceram. A polícia não deu trégua a gregos e troianos. Os melhores do mundo eram crianças e meio a natureza e pureza dos nativos; prometeram voltar, que voltem anotem tantos tentos quanto desejarem e façam felizes aqueles brasileiros que até então só Tupã orava por eles. .


Nota dos campeões:



Os campeões foram obrigados a deixar a taça no aeroporto, pois estava kg mais pesada ( ??? ).

O Cafú estava grudado nela. ( Não resisti ). 





Neusir Índio.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Sobre a Palestina e a raiz do mal


Hoje morreu um israelense, uma tragédia sem duvida, mas e quantos do lado Palestino?morreu um civil israelense e agora vão vingar sua morte matando mais quantos civis palestinos? 100.000? todos? hipocrisia, jogos de interesse, assistimos o genocídio em Gaza e nos jogam informações dos quais tentam nos convencer de que as vitimas são os culpados, o único culpado pelo genocídio é a politica sionista que é protegida pelos interesses norte americanos na região....vivemos tempos de violência onde as vitimas nos são mostradas como culpadas, o massacre legitimado pela morte de estudantes dos quais nem se sabe ao certo quem os matou e mesmo que fosse o Hamas, condenar a população a bombardeios, caos e morte, não parece uma medida muito humanista, aliás nos dias atuais que Estado é humanista? aliás quando qualquer Estado nacional foi humanista? o povo, os povos sofrem regulamentações, sofrem impotentes frente a uma força armada, que lhes obriga a escolher representantes mesquinhos que de representante só representa os interesses particulares e de uma minoria elitista que se beneficia desses fantoches "representantes" para oprimir e manter o seus status quo sobre a maioria populacional, essa maioria que sobre N fatores não conseguem perceber que o poder esta em suas mãos e não nos detentores dos meios de produção.....sou solidário ao povo Palestino, mas seria talvez hipocrisia da minha parte defender um Estado Nacional Palestino sendo eu Anarquista, como tal defendo veemente a livre escolha dos povos, a liberdade de escolher o que lhes cabe como interesse conjunto, assim sendo espero que algum milagre (apesar de não acreditar em milagres) ocorra e o massacre vivido pelo povo palestino cesse, Vida longa aos povos! que um dia os oprimidos se levantem e que sejamos capazes de construir um sonho que não esteja amarrado no dinheiro e na mesquinhez do capital, e que ideias voltadas à opressão de qualquer individuo ou animal na face da terra seja considerada uma abominação e e enterrada para sempre..................................eis o meu vomito de angustia pelo que vejo, eis minhas palavras contidas no intimo e expelidas com raiva e desgosto, mas talvez haja esperança, se a natureza destrói para criar a vida, por que não destruir aquilo que nos oprime e nos mata? o que virá não importa, o que importa são as tentativas de buscar modelos e implementa-los na busca de superação de uma realidade que se assemelha muito com pesadelos mas que não os reconhecemos, pois temos medo de admitir, temos medo de pensar e buscar meios de superação, enquanto o medo nos atingir permaneceremos na inercia e assim o mal continuará vencendo.

Lucas Leandro

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Jogos


Os jogos da vida são apostas feitas às cegas
Num labirinto de flores secas
E levam as folhas cinzas
Desse jogo injusto

Jogado às escuras
Jogado aos cantos
Jogado ao poço
Jogado aos prantos

Jogo que não se sabe quem ganha
Não se sabe quem perde
Nesse tempo breve
O que se perde?

Ao fim os louros da glória
Não passa de uma história
Gravada em pedras frias
O povo perdido na própria trilha

OTÁVIO SCHOEPS


domingo, 13 de julho de 2014

Religião, uma verdade absoluta.
















Antes de qualquer coisa gostaria de iniciar este texto dizendo que não pretendo colocar ninguém contra a religião ou contra aqueles que nesta creem.

Infelizmente não é de hoje que a religião tem sido um instrumento para manipulação de pessoas para governar ou obter diversos tipos de poder, como por exemplo, poder aquisitivo. Entretanto o grande problema que dá início a todos os outros é a forma com que a religião é considerada principalmente pela população menos favorecida, quero esclarecer que não é apenas esta camada da população que sofre e sim que muita gente, inclusive esta sofre, de qualquer forma o que estou tentando dizer é que a religião é grande parte das vezes considerada uma verdade universal, absoluta, como justificação do início, meio e fim de todas as coisas.

É por esta forma de conduzir a religião que somos frequentemente levados ao comodismo, esquecendo quão importante é questionar nossa existência, que, particularmente não acredito justificar-se pela vontade de alguém supremo, mas talvez por algo ainda maior que desconheço.
O fato é que quando você coloca algo acima de tudo, digo como justificativa, esquece-se de todo o resto que apesar de ouvirmos “Política e Religião não se discute” discute-se sim, este é apenas um ditado para não percebermos quão próximo ambas as coisas estão.
Existe um trecho do livro “Deus, Um Delírio” do Richard Dawkins que acho incrível, o autor cita que não existem crianças católicas, não existem crianças muçulmanas, simplesmente porque do mesmo modo que uma criança não tem consciência suficiente para ter uma posição sobre economia e política ela não tem para uma posição religiosa. Talvez se não colocássemos a religião acima de tudo não batizaríamos nossos filhos quando nascessem ou os levaríamos desde pequenos nas igrejas ou locais religiosos que frequentamos, assim eles quando tivessem consciência suficiente escolheriam por livre vontade qual religião seguir ou até mesmo não seguir nenhuma religião, o que não é ruim como nos é enraizado que seja.
Por fim, minha última mensagem neste texto inspirada no que alguém uma vez me disse é que independente da religião que você siga ou não siga nunca deixe de questionar, procurar o porquê das coisas mesmo quando parecem ser óbvias ou indubitáveis, para que assim não apenas a ciência, mas a consciência interior de cada um expanda-se mesmo que nunca cheguemos a uma resposta, pois não existe uma resposta universal, assim como uma verdade absoluta.

Karina Faria

domingo, 6 de julho de 2014

Voar




É como se o peito explodisse
E asas surgissem
É como se algo mudasse
Ou voltasse
É como se a vida fizesse sentido
E o passado não pesasse

É como se viver
Não fosse o mesmo de sofrer
É como se andar
Não fosse o mesmo de calejar
É como se voar
Não fosse o mesmo de cair

OTÁVIO SCHOEPS