Já de volta ao estacionamento, Gleizzon saboreava sua cerveja, tratava-se da mais que merecida recompensa pelo esforço que fizera durante o dia, tratava-se não apenas de um prazer, mas também da reconstrução da força de trabalho.
Gleizzon tateia os bolsos de sua jaqueta jeans surrada, depois de procurar um pouco encontra seu maço de cigarros amassados. Ele retira um e acende.
Enquanto fumava e bebia no estacionamento, observava as pessoas que passavam, observava o céu cinzento e o sereno gelado que se acumulava sobre os carros. Estava reflexivo, era como se aquele fosse seu momento de maior lucidez. Após cumprir suas funções na sociedade, esse era o momento em que poderia pensar por si só.
Porém, o jovem palhaço sabia, toda aquela reflexão seria engolida pelo sono e na manhã seguinte já teria de pensar de acordo com a rotina de trabalho, entrar no ritmo da grande cidade. Assim se foi mais uma madrugada na vida do jovem Gleizzon.
Marco Aurélio
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