Imaginem, uma região em nível internacional, com determinado numero de internautas que acessaram o lâminas e ficaram indignados com o texto dos ovos chocos, digo, de chocolate. Fui, tão "elogiado" que deixo de ser índio para transformar em "in alguma coisa".
Não faria qualquer comentário a respeito. Se no portão de minha humilde morada, o inane não tivesse gritado: "Ingnorante"...
Há muito tempo atrás na floresta do Paranapiacaba, um certo indiozinho desnutrido, recebeu de uma sertanista um tablete de chocolate. A fome era tanta que o curumim engoliu o alimento de uma bocada só. Seu organismo não estava preparado para a guloseima, viria a óbito se não fosse o milagroso mateiro da curandeira Nhana. "Minino, nunca mais coma porcaria, seu bucho num vai aguentá" - assim aconselhou a benzedeira.
Cento e vinte anos se passaram, se é trauma de infância ou não, a verdade é que o velho indígena, passa mal só de sentir o cheiro do cacau, porém, já no século passado o velho que descia das montanhas falava as crianças de uma páscoa sem o apelo escancarado, do comércio nas religiões.
Então, nesta época, brincamos e nos divertimos por que cristo está vivo!
Quando mencionamos no texto anterior o "filho do carpinteiro", falávamos do ator, não foi feita qualquer referência ao verdadeiro messias.
Das encenações que tivemos o privilégio de participar, brincamos e rimos muito. E daí?
O "Marcos", no papel principal, se achava o Próprio, porém, magrelo, narigudo, baixinho, barbudo e cabeludo foi chamado de Raul Seixas, Bin Laden, entre outros, menos de cristo; dos apelidos, Che Guevara foi o que "colou", e o cara gostou tanto que deixou de ser crucificado para transformar a América Latina em um único país. Já o nosso papai noel Miranda, estava tão orgulhoso ao ser escalado para encarnar o Barrabás, até o momento que na platéia alguém gritou:
- Crucifiquem o Barrabás, ele é o Presidente Lula!Foi impossível não cair na gargalhada.
O Alecão, no papel de Centurião, levou a coisa tão a sério que deixou o coitado do filho do carpinteiro cheio de hematomas. O pai do rapaz abriu um B.O na Seccional.
Na famosa encenação da Zona Leste, os soldados de Roma fizeram coreografia ao som de bela musica. Rimos. Depois, como se não bastasse, o cristo ressuscitado foi elevado ao céu por uma empilhadeira. Rimos, rimos, rimos...
Rir é terapia. Critica construtiva não é pecado.
Pecado é ir todos os dias à igreja e depois lá fora fazer tudo errado. Pecado é não se arrepender do pecado. Eis a mensagem que o Velho da Montanha nos enviou:
"Páscoa é tempo de se descobrir como gente e agir como tal. É o momento de orar pelo irmão desamparado que é gente também.
É o reencontro com a vida que vence a morte.
É hora de recomeçar, pois ainda há tempo.
Páscoa é aproveitar a nova chance de melhorar o que é bom; é o dia de abrir as portas do coração para o amor entrar e fechá-la para a inveja, cobiça e tudo mais que nos fará sofrer. É a certeza que amanhã seremos melhores que hoje; é a vez da união da família, perdoaremos e seremos perdoados, então.
Enfim, é chegado o momento de crer que cristo está ressuscitado, e de braços abertos estaremos para recebe-lo quando aqui ele chegar.
Segura essa Fuinha, você que está mais debilitado que o filho do José depois das chibatadas do Alecão.
Autor: Neusir - Índio
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