domingo, 28 de agosto de 2011

Cidade Fantasma


Ao chegar á rodoviária dos perdidos
Caminhei pela calçada da fama
E dei de cara com o beco do fracasso
Atravessei a rua desesperança
Na avenida da vitória um exército de derrotados desfilava
Passando pela ponte da vingança
Lá embaixo um rio de sujeira e ira corria para o nada
Cães corriam livres pela praça dos frustrados
No centro tinha o coreto do desespero
Onde se ouvia choros e gritos o dia inteiro
E no fim da praça um busto com o rosto deformado
Uma igreja sem cruz e Cristo subindo a viela dos esquecidos
Vi o cemitério dos aflitos
E quando dei por mim
Não estava mais vivo

OTÁVIO SCHOEPS

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