Conto nos dedos acaba a vida
Tanto a causa como o efeito
É o reflexo de um mal feito
Mas o que está feito
Está feito
Da loucura á indiferença
Entra sem pedir licença
Na cabeça uma sentença
Sai da boca uma ofensa
Conto nos dedos o canto dos cômodos
Conto nos dedos o canto de um incômodo
Posso agir como um neurótico
Reagir como um perverso
Fugir como um psicótico
E me iludir com um verso
Compreendo a pinga
Através de sua busca
Entendo sua vinda
Até a luz que me ofusca
Conto nos dedos logo bem cedo
Conto nos dedos logo sem medo
Eu sou um adjetivo
Do meu jeito subjetivo
Procurando um motivo
Para me dizer vivo
Conto nos dedos, mas que dedos?
O dedo que aponta o erro
OTÁVIO SCHOEPS
Nenhum comentário:
Postar um comentário