segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Schopenhauer e o Amor

Olá amigos, salve salve. Voltando a ativa aqui com o trabalho no Lâminas, ainda tirando um pouco das ferrugens das engrenagens mas totalmente animado de novo.
Este artigo em especial, quero dedicar ao meu amigo Petit, nosso professor de filosofia da equipe, confesso estar ansioso pelo seu Feedback, e a outro amigo meu - Thiago Kava - que cursa filosofia em Pelotas . Enfim, chega de papo:

Nestes últimos tempos tenho lido algumas coisas de Schopenhauer, e feito alguns esforços para compreender sua complexa obra, "O Mundo como Vontade e Representação", porém, foi um documentário a respeito de suas explanações sobre o amor que me chamou bastante atenção neste final de semana.
Para Schopenhauer o amor é a coisa mais importante da vida, afinal a existência de nossa espécie depende disso. Ele trata o amor como algo de fundamental relevância em nossa vida, mas classifica de grande equivoco o fato de as pessoas relacionarem a felicidade com o amor.
Achei isso bastante interessante, pois em nossa vida as coisas acontecem mais ou menos assim, procuramos a felicidade absoluta no amor, mas muitas vezes, aliás, na maioria das vezes não a encontramos.
Para Schopenhauer as pessoas não precisam estar felizes para terem o amor. Isso é interessante, pois trás o amor para o campo do real. A vida é feita de muitos bons momentos, mas sempre tocada pelas mazelas sociais e desilusões de todos os tipos, essa coisa chamada amor não está fora de nossa vida social, não é um supra-sumo da existência, é apenas uma das inúmeras experiências que teremos ao longo da vida. Além disso, esse alemão maluco é pioneiro em atribuir razões inconscientes para a aproximação das pessoas, outra coisa bastante interessante. 
Por fim, deixarei o documentário na integra com vocês, espero que vejam e opinem. Afinal, nesta nossa sociedade  de consumo o amor é diretamente ligado a felicidade, e a propaganda faz com que seja diretamente ligado ao consumo, da forma mais piegas e materialista possível.


 vejam também a parte 2 e 3, onde ele faz os melhores comentários sobre o assunto.





Forte Abraço.

Marco Aurélio

2 comentários:

  1. Marco, bacana o vídeo, mas muito mais pelas partes da vida do cara do que pelas exposições do pensamento dele. Achei meio que coisa de auto-ajuda, sabe, ainda mais pelo fim falar que ver o amor dessa maneira ajuda a se consolar as vezes...
    Mas uma coisa eu adoro no pensamento Schops é que o velho trata os animais de uma maneira que nem sei se leem ele os caras que estudam ética animal, mas que são umas verdadeiras declarações de amor para o Atma. E falando do Atma, rolei de rir em saber que ele fez aumentar a venda de poodles enquanto vivo.
    Mas acho que ver o amor dessa maneira como ele é falha, se você diz de sociedade de consumo no final, essa sociedade é bem preparada para casais assim com seus sexy shops cheio de brinquedinhos pra eles. E é estranho falar de forças inconscientes para isso, me parece muito uma opinião do tipo "não entendo tal coisa, portanto isso é fora da consciência". E é fácil de encontrar uma lacuna contemporânea no pensamento schopenhauriano: casais gays querem só se reproduzir? Se não então não existe amor entre eles? Coisas que as viseiras da época dele não o permitia ver.
    Mas acho muito interessante do velho xarope (que até agora não encontrei um filósofo mais engraçado pra se ler, ele xingando os hegelianos é incrível, o conhecimento de palavrões dele é algo que irei procurar ter até o fim da minha vida) de ele colocar o amor como algo tão importante, já que nas poucas leituras que fiz no quarto tomo do Mundo Como Vontade e Representação ele coloca a vida simplesmente como excremento da vontade! Realmente, devo mais leituras dele, e ainda bem que ele se encontra na lista da velharada que eu to pra ler, o ruim é fazer o que ele pede antes de ler o MCVR: "vão ter noção do que Kant escreveu", mas ainda vou de fazer isso.

    Té outra hora, Marco, seu lindo.

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  2. Gostei do FEEDBACK Mike. Ficou ótimo. Eu tinha pensando neste lance dos gays, realmente é uma puta de uma lacuna.
    Eu tenho o MCVR, mas estou tomando fôlego para ler por que o velho alemão maluco é mais foda de ler que o Marx.

    Abraço


    Che

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