sábado, 24 de setembro de 2011

Solidão / Schopenhauer / e nós


Schopenhauer
Danzig, 22 de Fevereiro 1788 — Frankfurt, 21 de Setembro 1860

Estava eu fuçando na internet, quando me ocorreu a ideia de ver algumas coisas sobre Schopenhauer. Nunca li uma linha sequer de sua extensa obra, mas sua fama como pensador me aguçou a curiosidade e fui pesquisar.
De começo li um pouco sobre sua vida, e sua linha de pensamento. Então, fui ver umas frases e achei uma, em particular, extremamente interessante.

‎"Uma vida feliz é impossível. O máximo que se pode ter é uma vida heróica."

Schopenhauer


Eu sei, eu sei, muitas pessoas podem achar essa uma frase muito agressiva e de um pessimismo extremado. Porém, achei nela um grande incentivo a vida.
Sabem amigos, nós temos consciência de que as coisas não vão nada bem. Nossa vida, na maioria das vezes é miserável, e não são raros os momentos em que nos vemos tristes. Entretanto, estamos vivos. Estamos nós vivos e com plenas condições de enfrentar as coisas ruins que se abatem sobre nosso presente.
Essa visão estoica de Schopenhauer me coube muito bem. Não vejo na tristeza e na solidão um problema, mas sim uma grande oficina para o pensamento. É quando se está sozinho consigo mesmo, em repouso e no mais absoluto silêncio que entramos em contato com a essência humana.
O mais incrível é que isso não custa nada, pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento. A necessidade de ser feliz é tipicamente humana. A impressão que tive é que Schopenhauer não crê que possamos alcançá-la plenamente em vida. Porém, ainda que isso seja verdade podemos ter uma vida heroica, ou seja, canalizar nossa frustração e tristeza para dar um concerto ao mundo.



Amigos, nesta noite de sábado, foi o pessimismo que me animou. Vejam que grande ironia. Agora estou na instiga para ler Schopenhauer. Espero encontrar um bom livro dele, e encontrar também tempo para lê-lo ( afinal comprar o livro não compra o conhecimento ). Abraço a todos os amigos e leitores do lâminas, a gente se vê na próxima postagem.




Marco Aurélio

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