A sombra e a água fresca
Do comum ao improvável
A canseira e a esteira
Da necessidade ao condenável
Ô laia, da mata abundante à monocultura
Da necessidade ao mercado
Ô laia, da cana-de-açúcar à cachaça
Do natural ao transgênico
A sombra das árvores e a nascente límpida
Do natural à natureza vendável
A hora do Sol e a hora do relógio
Do tempo desfrutável
Ô laia, da boiada ao trem de carga
Do caminho empoeirado à estrada enfumaçada
Ô laia, esse mundo velho sem porteira
Das terras cercadas à posse ameaçada
OTÁVIO SCHOEPS
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