O prédio central valorizado e simbólico
Não tem cercas brancas, nem tampouco um gramado cheio de
crianças
O prédio central cercado de polícia e justiça
Não tem justiça, nem tampouco política
A marcha segue
Morar num prédio ou num cemitério
A mancha segue
Estancar o sangue ou tomar remédio
O acúmulo primitivo e moderno
Não tem água, apenas as avenidas concretas
O cumulo e o absurdo
Não tem ar, apenas a fumaça do progresso
A rotina segue
O passar do tempo alienado
A morfina segue
O passar do tempo amordaçado
OTÁVIO SCHOEPS
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