O suor aumenta
com o calor, os ventos são bem vindos, mas parecem fazer graça e demoram a
aparecer. Enquanto isso o calor nos consome e consumismos pensamentos que nos dão
mais calor um calor bom, aconchegante e afável. O verão chega sem
pedir licença se acomoda e muitos se incomodam, mas eu não, eu gosto, me sinto
bem. O sol parece que chega mais perto, nos encontramos, e assim como as
chamas que tudo purificam, que o sol também purifique essa terra.
O verão vem,
mas parece nunca ter ido embora, gruda no tempo assim como nossos corpos
deitados, largados em algum lugar, o verão é a ardência do sol vindo da janela
logo cedo, quando apenas os ônibus de viagem cruzam a avenida e nem os pássaros
ainda acordaram. Eu o vejo atrás de nuvens arroxeadas, mesmo com os olhos
embaçados, escondido por prédios e mais prédios em seu caminho. É o sol de
verão que me aparece, eu até sinto que ele canta em meus ouvidos, para que eu
acorde, abra as cortinas, sinta a brisa da madrugada que se esvai lentamente e
o encare mais uma vez.
Otávio Schoeps e Gabriela Godinho
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