sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O pesar


Um sonho destrutivo transborda
Rompe as bordas
Destruindo bustos, templos e o antigo
Construindo ares, mares e o primitivo

Um pesadelo furtivo aporta
Rompe as portas
Destruindo conquistas, o belo e o novo
Construindo absurdos, corruptos e o nojo

A violência revolucionária
Morre o culpado
A violência reacionária
Morre o inocente

Ao amanhecer os pesadelos e sonhos se misturam
A vida cotidiana esmorece
Ao anoitecer sonhos e pesadelos se separam
A luta acontece


OTÁVIO SCHOEPS

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