A vontade de crescer, perde-se quando cresce-se; A vontade de brincar, perde-se quando brinca-se, A vontade da solidão, perde-se quando torna-se solitário; A vontade de comer, perde-se quando alimenta-se; A vontade de transar, perde-se ao gozar, A vontade da independência, perde-se ao fim da dependência, A vontade de dançar, perde-se quando dança-se; A vontade de beber, perde-se ao embebedar-se; A vontade de amar, perde-se quando ama-se; A vontade de ter, perde-se quando tem-se.
Minha
vontade é mutante, é alterada sem por que. Assusta-me o cotidiano, a
mesmice, a rotina. Sou mimada, sou egoísta, quero meus desejos
atendidos, e quando atendidos, a vontade se perde.
Nathália Neves
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