A poesia nasce prematura, mas dura
Vem ao mundo com dor, pois chora
Os pulmões começam a trabalhar
Em pouco tempo se acalma e adormece
A poesia está viva, mas morre no fim do dia
A poesia nasce com o dia, e a noite lhe espera
A espera que angústia o ser vivo que ela é
No fim do dia, um apenas: pois é
Mais um dia ou menos um dia?
Não importa, a poesia está viva
Viva nos meus e nos seus olhos
Os olhos não mentem, apenas
expressam o que sentem
A boca que declama, por vezes se condena
A mão que escreve, por vezes se engana
A vida mostra, os olhos a enxergam
Sim, apenas os olhos
OTÁVIO SCHOEPS
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