O caminhão desce lentamente a ladeira
Os trabalhadores gritam, brincam e se divertem
O caminhão amarrotado de lixo
Os gritos deles ecoam na noite
Na mesma ladeira, garotos de bicicleta,
Correm e gritam, riem e se divertem,
O vento na cara, batem nas placas
E o grito ecoa na noite
Bradam, estão vivos
Querem ser escutados
Numa noite qualquer
Uma tribo urbana qualquer
De trabalhadores à pequenos arruaceiros
De iludidos, alegres, alucinados, todos unidos
Ao menos numa noite
Nessa noite, mais gritos na noite
OTÁVIO SCHOEPS
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